pedagogo na empresa
Segundo Franco (2002), a docência é uma profissão com identidade e estatuto
epistemológico próprios, e que em si, o ensino é uma das manifestações da práxis
educativa, definir o pedagogo como professor (e das séries iniciais) é reduzir a
potencialidade de sua inserção na práxis educativa.
Por outro lado, dizer
que enquanto pedagogo ele pode também ser docente das séries iniciais (para o
que ele tem que ser formado e preparado, através do conjunto das disciplinas e
atividades que compõem o curso, orientadas por docentes de várias áreas que
tenham a educação e o ensino como objeto de estudo), significa garantir o único
espaço adequado na universidade para a formação dos professores e pesquisadores
para esse nível de escolarização (lembrando que o curso normal médio está em
extinção e lembrando que onde se faz pesquisa é na universidade).
Essas
considerações apontam caminhos que poderão orientar a elaboração de diretrizes
curriculares nacionais para os cursos de pedagogia que retirem o pedagogo do
limbo profissional e identitário em que se encontra.
Entendendo que o
pedagogo é um profissional que domina determinados saberes, que, em situação,
transforma e dá novas configurações a estes saberes e, ao mesmo tempo, assegura
a dimensão ética dos saberes que dão suporte à sua práxis no cotidiano do seu
trabalho, e que a Pedagogia se aplica ao campo teórico-investigativo da educação
e ao campo do trabalho pedagógico que se realiza na práxis social, entendo que,
o curso de graduação em Pedagogia forma (deva formar) o Pedagogo com uma
formação integrada para atuar na docência nos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, na Educação Infantil e nas disciplinas pedagógicas dos cursos de
formação de professores e na gestão dos processos educativos escolares e
não-escolares, assim como na produção e difusão do conhecimento do campo
educacional (cf. item 2. da proposta de Diretrizes, ForumDir, 2004).
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