quinta-feira, 17 de maio de 2012

pedagogo na empresa



Segundo Franco (2002), a docência é uma profissão com identidade e estatuto epistemológico próprios, e que em si, o ensino é uma das manifestações da práxis educativa, definir o pedagogo como professor (e das séries iniciais) é reduzir a potencialidade de sua inserção na práxis educativa.
Por outro lado, dizer que enquanto pedagogo ele pode também ser docente das séries iniciais (para o que ele tem que ser formado e preparado, através do conjunto das disciplinas e atividades que compõem o curso, orientadas por docentes de várias áreas que tenham a educação e o ensino como objeto de estudo), significa garantir o único espaço adequado na universidade para a formação dos professores e pesquisadores para esse nível de escolarização (lembrando que o curso normal médio está em extinção e lembrando que onde se faz pesquisa é na universidade).
Essas considerações apontam caminhos que poderão orientar a elaboração de diretrizes curriculares nacionais para os cursos de pedagogia que retirem o pedagogo do limbo profissional e identitário em que se encontra.
Entendendo que o pedagogo é um profissional que domina determinados saberes, que, em situação, transforma e dá novas configurações a estes saberes e, ao mesmo tempo, assegura a dimensão ética dos saberes que dão suporte à sua práxis no cotidiano do seu trabalho, e que a Pedagogia se aplica ao campo teórico-investigativo da educação e ao campo do trabalho pedagógico que se realiza na práxis social, entendo que, o curso de graduação em Pedagogia forma (deva formar) o Pedagogo com uma formação integrada para atuar na docência nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, na Educação Infantil e nas disciplinas pedagógicas dos cursos de formação de professores e na gestão dos processos educativos escolares e não-escolares, assim como na produção e difusão do conhecimento do campo educacional (cf. item 2. da proposta de Diretrizes, ForumDir, 2004).

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